As avaliações formativas e a possibilidade de serem grandes aliadas no modelo de ensino híbrido

As avaliações tradicionais, baseadas, geralmente, em listas de questões e atribuição de notas, seguem como uma importante ferramenta de análise do conhecimento adquirido pelo aluno, além de servir como um “treino” para a participação em processos seletivos, como vestibulares e ENEM, por exemplo. Porém, com o aumento da adoção do ensino híbrido, fica clara a necessidade de outros métodos de avaliação para garantir que o aprendizado esteja ocorrendo de maneira eficiente. Mais do que isso, para que o acompanhamento da jornada dos alunos seja interpretada de maneira eficiente e assertiva por professores e instituições.

E é aí que se torna interessante falarmos sobre os métodos de avaliações formativas, que podem ser grandes aliados nesse contexto. Como detalha a instituição norte-americana National Center for the Improvement of Educational Assessment (Centro Nacional para a Melhoria da Avaliação Educacional), com esse tipo de avaliação o professor busca não apenas entender como o aluno está absorvendo o conteúdo, mas, também, avaliar seus próprios métodos de ensino e, se necessário, fazer ajustes de rota.

Em avaliações formativas, raramente atribui-se uma nota ao estudante. O foco não é extrair dados somativos, é entender, de maneira qualitativa, em que ponto se encontra o aluno em relação aos temas abordados em aula. Diferentemente de provas convencionais, é um processo contínuo, que deve estar presente em todo o período letivo.

Os docentes podem solicitar atividades como seminários, criação de mapas mentais com o que foi exposto no curso, pesquisas com respostas abertas para que o aluno exponha o que absorveu sobre o tema e até mesmo feedbacks para entender se os métodos de ensino utilizados estão satisfatórios para a classe. Trabalhos em grupo com aplicação prática do conteúdo, com a exposição de problemas e possíveis soluções por parte dos alunos, também servem como uma boa maneira de medir o entendimento dos estudantes, além de ajudar a fixar o aprendizado de um jeito mais prático.

A ideia não é abolir as avaliações tidas como convencionais. Pelo contrário! Busca-se complementar o escopo e garantir o sucesso do ensino no modelo híbrido – que é novo para grande parte da sociedade e, por isso mesmo, requer a implementação de iniciativas diferentes e complementares às aplicadas no ensino presencial.

Busque executar algumas das ideias acima com seus alunos e avalie como essas iniciativas impactam o aprendizado da classe.