O papel da gestão escolar na educação inclusiva

​“A educação é direito de […]

22 de fevereiro de 2023

A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” art. 205, Constituição Federal.

Conforme o registro bem explícito de nossa Constituição, todas as pessoas possuem o direito de estudar, sem exceção. Sendo assim, é necessário estar sempre atento aos grupos vulneráveis, formados, geralmente, por pessoas com os mais diversos tipos de limitações ou que precisem de alguma assistência para que tenham as mesmas oportunidades de acesso e de prática do ensino. Pensar nisso, atualmente, convida à reflexão. Para se ter uma ideia, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 17 milhões de pessoas vivem com algum tipo de deficiência no Brasil, lidando diariamente com restrições e com a falta de práticas que levem à inclusão.

Desta maneira, é importante que as instituições de ensino estejam dispostas à educação inclusiva que, em uma compreensão básica, é aquela que dá o direito de participação a todas as pessoas, tenham elas alguma deficiência ou não. Mas, para que isso aconteça, é essencial que a gestão escolar realize adaptações e mudanças que possam ajudar a instituição a abraçar as necessidades específicas de seus alunos. Entre elas, podemos destacar:

  • Reorganização do ambiente escolar: da adaptação do mobiliário e dos equipamentos à estrutura da grade curricular.
  • Capacitação profissional: professores e funcionários devem receber qualificação para garantir uma educação de nível equivalente para todos os alunos.
  • Adaptação do material didático: de acordo com a limitação do aluno, é necessário realizar mudanças no sistema de ensino para que o estudante consiga acompanhar as aulas.

E, claro, é importante lembrar que a educação inclusiva e a educação especial não são a mesma coisa. Porém, uma prática não descarta a outra.

A educação inclusiva é pautada pela aceitação, pela compreensão e pela atenção às diferenças entre os alunos em um único ambiente, sendo elas características físicas, cognitivas, sociais e/ou emocionais. Já a educação especial é dedicada ao atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência que demande por acompanhamento especializado, podendo ser realizada em escolas regulares ou preparadas para isso, e oferece atividades pedagógicas e terapêuticas.

Sendo assim, a educação inclusiva luta para que todos tenham oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal, além de tornar a sala de aula um ambiente seguro e inclusivo, gerando sentimento de pertencimento ao estudante.