A leitura em nossos dias: o jovem contemporâneo tem o hábito da leitura?
Antes de trazermos uma resposta, […]
24 de maio de 2023Antes de trazermos uma resposta, […]
24 de maio de 2023Antes de trazermos uma resposta, vale sempre lembrar que o hábito de ler é capaz de desenvolver muitas habilidades em qualquer indivíduo. Quer alguns exemplos? Por meio dele nós ampliamos a nossa visão de mundo, estimulamos a criatividade, adquirimos vocabulário, aumentamos a nossa bagagem cultural, nos mantemos informados e desenvolvemos o senso crítico. Tudo isso já seria suficiente para que compreendêssemos a importância da leitura, não acha?
Em outras palavras, estamos falando de uma atividade extremamente importante e que deve ser estimulada desde cedo, tanto pelas famílias quanto pelas escolas. Para quem tem filhos ou é responsável pela educação de crianças e adolescentes, sempre vale se questionar: será que o hábito de ler faz parte do estilo de vida do meu filho? Na Era Digital, em que o consumo de conteúdo está muito mediado pelas redes sociais e pelos vídeos, precisamos ir além do primeiro insight sobre leitura que, automaticamente, convida a pensarmos nos livros físicos. É preciso parar e pensar: no nosso século, é possível realizar a leitura por meio de outras fontes, incluindo ferramentas e dispositivos inexistentes até pouco tempo.
Revistas, jornais, sites, blogs, notebooks, smartphones, tablets e os famosos e-readers, pequenos tablets dedicados à leitura, cujo mais famoso parece ser o desenvolvido pela gigante norte-americana Amazon, não importa: há inúmeros exemplos de caminhos que podem fazer parte do dia a dia das crianças e dos adolescentes para que desenvolvam o costume de ler.
Para cada tempo, um hábito
Por conta da pandemia do Covid-19, os livros digitais se tornaram ainda mais presentes nos lares brasileiros: em 2021, foram 55 milhões de cópias vendidas, um crescimento de quase 30% em relação ao ano anterior revelou a pesquisa Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro. E essa prática continua mesmo com a abertura do comércio e a contenção da pandemia. Estamos diante de um mercado que continua em expansão.
Isso nos leva à velha pergunta: seria, então, o fim das prateleiras de livros? Não podemos cravar uma resposta para essa questão, mas vale pensar: os computadores fizeram com que as televisões deixassem de ter seu espaço? A televisão, por sua vez, aniquilou a rádio como muitos acharam? Os famosos streamings eliminaram a paixão por discos de vinil? Em termos de preferência, há quem prefira comprar livros físicos e sentir a sensação de abrir e folhear um novo companheiro para o dia a dia. Em contrapartida, a nova geração está cada vez mais atraída pela tecnologia, o que favorece a permanência de uma paixão também pela leitura. É isso que podemos interpretar a partir de dados. Por exemplo, segundo o 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pela Nielsen BookScan e divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), crianças e adolescentes concentram as maiores proporções de leitores na população brasileira. Confira resultados da pesquisa:
• Na faixa de 5 a 10 anos, 67% são leitores;
• O topo do índice está na faixa de 11 a 13 anos, com 84%;
• Entre os jovens de 14 a 17 anos, temos 75%;
• Contudo, apesar de não ocuparem a maior faixa proporcional de leitores, os jovens de 18 a 29 anos compuseram o quadro que mais cresceu, passando de 63% para 72% no período de um ano de pandemia.
E esse hábito pode perdurar se os responsáveis e professores incentivarem os estudantes por meio de algumas ações. Dê uma olhada nessas dicas que preparamos!
• É comum que as crianças tenham o costume de reproduzir as ações das pessoas com quem se relacionam e convivem. Sabendo disso, seja um exemplo! Crie uma rotina de leitura e mostre ao seu filho que esse hábito é gostoso e deve estar sempre presente no dia a dia, mesmo que por alguns instantes.
• Certamente, crianças e adolescentes se interessam muito mais por um assunto quando estão imersos nele. Então, que tal um passeio em livrarias, sebos e bibliotecas? O mais importante não é despertar um hábito de consumo, mas indicar a grandeza do universo da leitura e o quanto há em termos de possibilidades de títulos, estilos, autores. Em muitas cidades, inclusive, é possível encontrar espaços públicos dedicados à leitura.
• Ler sobre algo que gostamos é sempre bom e mais fácil. Sendo assim, descubra as preferências literárias do seu filho e ofereça livros sobre essa temática. Uma outra ideia é compartilhar matérias jornalísticas interessantes, artigos sobre um assunto de que partilham interesse e realizar a assinatura de alguma revista que possa ser aproveitada por todos da casa. Assim como em outras áreas da vida, explorar a diversidade é divertido e muito importante para o hábito da leitura.
• Outra forma de incentivar a leitura é contar histórias e envolvendo os estudantes na narrativa, tornando o momento prazeroso. Com isso, os pequenos leitores se sentirão mais dispostos a irem atrás de outras histórias.
• Os pais e as escolas podem promover passeios para feiras literárias, como a Bienal do Livro.
• Fazer parte de um clube de leitura é extremamente enriquecedor. Neste grupo, todos podem ler o mesmo livro e trocar experiências. Trata-se de uma ótima oportunidade para entender que uma única obra pode trazer reflexos totalmente diferentes já que as histórias dialogam com a trajetória de vida de cada leitor. Presencial ou digital, os clubes são uma ótima leitura!
• Para crianças menores, gibis, histórias em quadrinhos e livros ilustrados são sempre bem-vindos. Além de chamarem atenção, a linguagem é mais simples e fácil de ser entendida. Respeitar o momento do desenvolvimento das habilidades de leitura é essencial para evitar frustrações e sensações ruins.
• Já para alunos mais velhos, é sempre importante estimular a leitura dos livros que costumam ser requisitados nos vestibulares, como as obras “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, e “Iracema”, de José de Alencar. Os clássicos certamente poderão ser relidos em outro momento da vida, já que permitem infinitas interpretações à luz de nossas vivências acumuladas.
Para os estudantes do Ensino Médio, também é importante estarem sempre em contato com textos jornalísticos que informam sobre os principais acontecimentos no Brasil e no mundo. Além de ganharem volume em termos de horas de leitura, eles têm a oportunidade de alimentar sua bagagem cultural e se preparar para as redações solicitadas nos vestibulares. Afinal, grande parte dos temas abordam questões sociais que impactam o grande público. Quer saber mais sobre esse ponto em específico? Você pode ler o texto que preparamos sobre a redação do Enem clicando aqui.
Preparado para folhear mais um livro? Ou melhor, realizar o download de uma obra que acabou de ser lançada? Não importa como, o que conta é estar sempre imerso em uma nova leitura!